A FÉ VERDADEIRA PREPARA PARA O FUTURO
21 de junho de 2022
“Então o Reino dos Céus será semelhante a dez virgens que, pegando as suas lamparinas, saíram a encontrar-se com o noivo. Cinco delas eram imprudentes, e cinco, prudentes” (Mateus 25:1,2). As prudentes levaram óleo nas vasilhas e estavam prontas para a chegada do noivo (25:4). As tolas procuraram óleo quando já era tarde demais (25:8), e não puderam entrar para as festividades. Os que crêem aceitam o que Jesus disse a respeito do seu retorno do céu para ressuscitar os mortos e julgar todos os que já viveram (Mateus 24:30-31; 25:31-33). E porque sabem da certeza de sua chegada, fazem os preparativos. Eles correm o risco de sofrer prejuizo pessoal ao empregar os dons que Cristo lhes deu (Mateus 25:16), mas são fabulosamente recompensados (25:21). Por amor de Cristo, eles ajudam os famintos e sedentos e abrem espaço para o estrangeiro. Como resultado, no dia do juizo, eles ouvem o Senhor lhes dizer: “Venham, benditos de meu Pai! Venham herdar o Reino que está preparado para vocês desde a fundação do mundo” (Mateus 25:34).
Uma experiência da vida cotidiana pode ilustrar isso. Suponha que queremos achar um lugar vibrante, pacíifica e seguro para passar um feriado longo. Primeiro, queremos procurar informação sobre essa comunidade e quais serviços ela oferece, como moradia, transporte diário, recreação, lojas, restaurantes e afins. Queremos verificar o clima, o terreno e a beleza da paisagem. E também gostaríamos de saber sobre os regulamentos que regem o local e as pessoas que vamos encontrar diariamente.
Uma vez que conhecemos nosso destino, começamos a nos preparar para chegar lá. Trabalhamos e fazemos economia de dinheiro para pagar a viagem. Também nos prepararemos para a viagem obtendo documentos de viagem, como passaporte. Decidimos o que levar e o que deixar.
Muito pensamento e tempo serão gastos na preparação; e isso fazemos com muito caprício e uma certa urgência porque há uma data e hora definidas para a partida, nem sempre determinadas por nós.
Nem sempre faz sentido ao ouvir pela primeira vez o que é necessário preparar para a entrada em nosso destino eterno. As exigências são, muitas vezes, difíceis e duram por toda a vida. As vezes parece que somos os únicos a seguir a orientação que o céu delineou na brochura. Jesus disse que o caminho para a vida é estreito e difícil, e que a porta é pequena, e poucas as pessoas que a encontram (Mateus 7:13-14). O caminho largo e asfaltado é confortável e fácil: é o caminho que a multidão segue. O problema é que o caminho mais fácil leva à morte.
O caminho é difícil porque é o caminho do discipulado e isto exige abnegação e uma cruz de sofrimento pelo nome de Cristo (Marcos 8:34). Paulo escreveu que qualquer um que queira viver piedosamente em Cristo será perseguido (2 Timóteo 3:12). Apenas ser batizado e levar o nome de Cristo pode resultar em rejeição (João 15:18), até mesmo da própria família (Mateus 10:22). É o caminho de perdoar aqueles que pecam contra nós (Mateus 6:14; 18:21-22). nunca tomando vingança (Romanos 12:17-19; Mateus 5:39, 44), mas deixando a retribuição com Deus, enquanto nós perdoamos como Jesus nos perdoou (Colossenses 3:13).
Considerando a dificuldade, mantemos nossos olhos fixos no objetivo: a ressurreição dos mortos, nossa união com Cristo e nosso lar que é a nova criação. O fim do caminho nos motiva, e a presença do Espírito de Cristo nos sustenta. O destino é a ressurreição dos mortos quando nossos corpos serão ressuscitados, transformados à semelhança do corpo glorioso do Senhor Jesus (Filipenses 3:21; 1 Coríntios 15:42-44). A morte será tragada pela vitória (1 Coríntios 15:54). Veremos Cristo como ele é e seremos semelhantes a ele (1 João 3:2). Quando Jesus aparecer, apareceremos com ele em glória (Colossenses 3:4).
“Esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça” (2 Pedro 3:13). A morada de Deus será “com os seres humanos. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles e será o Deus deles. E lhes enxugará dos olhos toda lágrima. E já não existirá mais morte, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Apocalipse 21:3,4). Tudo se fará novo (21:5). Esta nova criação será a Cidade de Deus com o Rio da Vida fluindo do trono de Deus. Este rio corre no meio da avenida principal com a Árvore da Vida em ambos os lados. As folhas dessa árvore serão para a cura das nações, pois não haverá mais guerra, opressão ou exploração. Não haverá necessidade do sol porque a glória do Senhor será a sua luz (Apocalipse 22:22-22:5).
A fé alegremente antecipa este mundo e se prepara para ele. Ao mesmo tempo, a fé leva a sério as advertências do Senhor Jesus e toda a Escritura. Numa parábola Jesus disse que o homem rico, que não teve pena do mendigo à sua porta, foi para o lugar de tormento e fogo (Lucas 16:23-24). Ele disse que aqueles que fizeram o mal ressuscitarão da morte apenas para serem condenados (João 5:29) e “lançado no inferno, onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga” (Marcos 9:47,48; Isaías 66:24). Um outro retrato vívido de estar eternamente separado de Deus e sofrer a sua desgraça é “o lago de fogo que arde com enxofre” onde o diabo, seus anjos e vítimas são “atormentados dia e noite, para todo o sempre” (Apocalipse 20:10). Este é o lugar reservado para os “covardes, aos incrédulos, aos abomináveis, aos assassinos, aos imorais, aos feiticeiros, aos idólatras e a todos os mentirosos” (Apocalipse 21:8).
Para a pessoa de fé, as promessas de Deus são tão reais quanto o chão em que pisamos, a comida que comemos e a roupa que vestimos. Em nossa mente já estamos com Cristo no céu (Efésios 2:5), mesmo enquanto esperamos seu retorno. As palavras de Hebreus 12 nos estimulam: “Livremo-nos de todo peso e do pecado que tão firmemente se apega a nós e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o Autor e Consumador da fé, Jesus, o qual, em troca da alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, sem se importar com a vergonha, e agora está sentado à direita do trono de Deus. Portanto, pensem naquele que suportou tamanha oposição dos pecadores contra si mesmo, para que vocês não se cansem nem desanimem” (Hebreus 12:1-3).
