Apresentando Jesus

A ORDEM DE JESUS PARA FAZER DISCÍPULOS

A ORDEM DE JESUS

            Não há uma ordem específica para fazer discípulos dos pobres. Eles estão incluídos no mandamento de Jesus de fazer discípulos de todas as nações, tribos e povos (Mateus 28:19). Acontece que o mundo tem mais gente comum e pobre do que elite privilegiada.

            Através de seus milagres, Jesus mostrou que tinha o poder de livrar o mundo da  maldição que veio sobre a humanidade através do pecado de Adão. Através de sua morte e ressurreição, ele recebeu o poder e a autoridade do reino (Mateus 28:18). Esse reino está se expandindo pelo mundo através de suas testemunhas. Com seu retorno, no Dia do Juizo, ele derrotará o última inimigo, a morte inimiga; expulsará o maligno e vindicará seus santos e fiéis seguidores. Esses crentes – pobres, rejeitados, perseguidos e mortos por causa dele – serão justificados e reinarão com ele para sempre. (Apocalipse 6: 9-11; 20: 11-22: 5).

            Incluída nesta visão vasta do Reino de Cristo, é sua comissão de proclamar boas novas aos pobres, literalmente evangelizar ou levar o evangelho aos pobres. Todo ser humano é pobre e necessitado, morto em seus delitos e pecados, e separado  da comunidade de Deus.  Mas, Cristo, através de seu sangue derramado, pagou o preço do perdão, para que, pela graça pura e simples, qualquer pessoa possa se aproximar de Deus pela fé em Cristo. Nesse nível, os ricos não têm vantagem sobre os pobres. Todos são pecadores e todos têm acesso a esta salvação pela graça através da fé. Em Efésios 2: 1-22. Paulo se esforça para mostrar que nem a sua decendencia de Abraão e nem a obediência à lei de Moisés davam vantagem aos judeus sobre os crentes gentios. Por causa de Cristo, todos eles têm acesso igual à salvação e à comunhão com o povo de Deus. Estas são as boas novas que Cristo e sua igreja proclamam aos pobres.

            Em sua parábola do grande banquete, Jesus diz que um certo homem (Deus) preparou um grande banquete (salvação) e convidou muitos (Seu povo, os filhos de Abraão): “Venham, pois tudo já está pronto” (o Salvador chegou), mas todos começaram a dar desculpas. Ao ouvir isso, o homem enviou o seu servo para ir rapidamente para as e becos da cidade e trazer os pobres, os aleijados, os cegos e os mancos (Lucas 14:17, 21). Em outras palavras, aqueles desprezados e negligenciados são bem-vindos para compartilhar nas riquezas do banquete. Porque ainda havia lugar, o mestre disse ao servo: “Vá pelos caminhos e valados e obrigue-os a entrar, para que a minha casa fique cheia” (Lucas 14:23). Dessa maneira, Jesus estava abrindo a porta para a missão aos gentios e a sua inclusão no povo de Deus e nas riquezas da salvação.

            O apóstolo Paulo descreve os seguidores de Cristo na igreja de Corinto,

“Irmãos, pensem no que vocês eram quando foram chamados. Poucos eram sábios segundo os padrões humanos; poucos eram poderosos; poucos eram de nobre nascimento. Mas Deus escolheu o que para o mundo é loucura para envergonhar os sábios, e escolheu o que para o mundo é fraqueza para envergonhar o que é forte. Ele escolheu o que para o mundo é insignificante, desprezado e o que nada é, para reduzir a nada o que é, a fim de que ninguém se vanglorie diante dele”(1 Coríntios 1:26-29).

            Até os escravos foram batizados e pertenciam à igreja com a expectativa de que vivessem vidas exemplares por amor de Cristo (Efésios 6: 5-8; Colossenses 3: 22-25; 1 Coríntios 7:20-23; Tito 2:9-10 ) Tiago escreve que o crente em circunstâncias humildes deve orgulhar-se na sua alta posição (Tiago 1:9) como alguém escolhido por Deus para tomar parte das riquezas da glória.

AS INSTRUÇÕES DE JESUS

            Quando Jesus iniciou seu ministério, ele disse: “O reino dos céus está próximo. Arrependam-se e creiam nas boas novas” (Marcos 1:15). Na região da Galiléia, “Jesus ia passando por todas as cidades e povoados, ensinando nas sinagogas, pregando as boas novas do Reino e curando todas as enfermidades e doenças. Ao ver as multidões, teve compaixão delas, porque estavam aflitas e desamparadas, como ovelhas sem pastor”(Mateus 9:35-36). Nestas circunstâncias, Jesus disse aos discípulos: “A colheita é grande, mas os trabalhadores são poucos. Peçam, pois, ao Senhor da colheita que envie trabalhadores para a sua colheita” (Mateus 9:37-38; Lucas 10:2).         

            Respondendo à sua própria oração, Jesus escolheu doze apóstolos (Mateus 10: 1-4), e os enviou (“apóstolo” significa “um que enviado”) para exercer o mesmo ministério como ele e ao mesmo povo, às “ovelhas perdidas de Israel” (Mateus 10:6). Jesus ordenou-lhes:

“Por onde forem, preguem esta mensagem: O Reino dos céus está próximo.Curem os enfermos, ressuscitem os mortos, purifiquem os leprosos, expulsem os demônios. Vocês receberam de graça; dêem também de graça. Não levem nem ouro, nem prata, nem cobre em seus cintos;não levem nenhum saco de viagem, nem túnica extra, nem sandálias, nem bordão; pois o trabalhador é digno do seu sustento”(Mateus 10: 7-10)

Em sumo, Jesus estava dizendo a seus discípulos que seguissem seu exemplo, que fizessem o que ele fez. Jesus não levou dinheiro comsigo, mas viveu com o apoio daqueles que receberam sua mensagem. Ele estava dizendo a seus discípulos para sair e fazer o mesmo.

            Um pouco depois, Jesus designou setenta e dois outros para irem ”adiante dele, a todas as cidades e lugares para onde dele estava prestes a ir(Lucas 10: 1). Como Jesus achou todos esses voluntários? Podemos dizer que foram reconhecidos como seus seguidores. Certamente, alguns foram curados ou libertados da opressão demoníaca. Outros foram simplesmente chamados a segui-lo.

            Esse princípio foi unido com o princípio de levar o evangelho ao ouvinte livremente, sem custo. O evangelista foi obrigado a dar de graça, assim como ele já havia recebido de graça. Em Filipos, o apóstolo Paulo e Silas receberam hospedagem e apoio de Lídia (At 16:15) e de outros crentes. A igreja de Filipos continuou a prestar apoio mesmo após a expulsão dos evangelistas da cidade (Filipenses 4: 14-18). Quando os recursos financeiros acabaram, Paul sustenou a si mesmo e a seus companheiros fazendo tendas juntamente com outros no mesmo ramo de atividade,Aquila e sua esposa Priscilla. Ele não fez uso de seu direito de receber sustento como pregador do evangelho, mas forneceu sua pregação e liderança como um presente gratuito para os coríntios (1 Coríntios 9:18). Pago ou não, Paulo foi obrigado a pregar o evangelho (1 Coríntios 9:16). Ele havia recebido sua comissão de Cristo (Atos 26: 16-18) e ele a cumpriria tendo apoio financeiro ou não.

            Jesus, antes de tudo, deu de graça o que ele havia recebido. Ele tinha poder divino para curar e dar vida. Ninguém poderia fazê-lo fazer isso por obrigação. Ele fez essas coisas com um coração de compaixão e amor. A única coisa que ele desejava era que as pessoas, começando com os líderes religiosos, o reconhecessem por quem ele realmente era: o Messias.

            Parecer que Jesus estava desencorajando as pessoas a segui-lo. Ele os advertiu a contar o preço: eles devem estar dispostos a entregar tudo para se tornarem discípulos (Lucas 14:33). Eles seriam rejeitados e perseguidos pelas autoridades religiosas e civis, mesmo pelo pai, mãe, esposa, filhos, irmãos e irmãs. Eles podem até perder suas vidas. A organização Open Doors, em sua “World Watch List 2019”, indica claramente que aqueles especialmente vulneráveis à perseguição em países muçulmanos, hindus ou budistas são os convertidos. Até a própria vida deve ser relegada para o segundo plano, enquanto Cristo deve ter precedência (Lucas 14:26). “Você quer me seguir?” Pergunta Jesus. “Lembre-se de que não tenho um lugar que posso chamar minha casa. “As raposas têm suas tocas e as aves do céu têm seus ninhos, mas o Filho do homem não tem onde repousar a cabeça” (Mateus 8:20).

            O que aprendemos das instruções de Jesus?

  1. Vá para onde as pessoas comuns moravam, nas cidades e aldeias (Mateus 9:35). Numa época em que uma família podia cultivar um ou dois alqueires, as áreas rurais eram densamente povoadas, e as aldeias ficavam uma curta distância uma da outra. Hoje, com a industrialização da agricultura, as áreas rurais estão sendo despovoadas. Os centros urbanos são onde as pessoas, principalmente pessoas comuns, agora vivem.
  2. Ministre aos “aflitos e desamparados” (Mateus 9:36), como os trabalhadores urbanos de baixa renda que moram em bairros de casas populares ou favelas.
  3. Proclame as boas novas, cure os enfermos e expulsar demônios (Mateus 9:35; 10: 1, 7, 8). Isso inclui o apelo para que as pessoas se arrependem. Este ensino não deve ser modififcado, pois a natureza humana é a mesma e as aflições das pessoas são semelhantes.
  4. Confie nos ouvintes por hospitalidade e apoio (Mateus 10:11), mas não use isso para obter ganhos pessoais (Mateus 10: 8), como Simon Magus, da Samaria, que queria comprar o dom (poder milagroso) do Espírito Santo com dinheiro (Atos 8: 20-21), e foi justamente condenado
  5. Aguare rejeição e perseguição, assim como Jesus foi rejeitado e perseguido (Mateus 10: 16-25). Se você seguir Jesus aos desamparados, pode ser rejeitados até por outros membros da igreja. Você não estará aceitando as suas desculpas ou indiferência.
  6. Não tenha medo. Seja destemido e corajoso. O Espírito Santo te ajudará a falar o que deve (Mateus 10:20). Tema a Cristo, não às pessoas. Nosso Pai celestial cuidará de você (Mateus 10: 28-33).

POR QUE APRESENTAR JESUS COMO SENHOR?

Nós, cristãos evangélicos da América do Norte, vivemos à luz da Reforma. Damos enfase ao amor e à graça de Deus diante do pecado e da desobediência. Nós pensamos que a população em geral acredita em um criador amoroso, Deus, legislador e juiz. Por causa do nosso pecado temos um sentimento de culpa e medo de morrer. Temos um medo inquieto de um Juízo Final e de um sofrimento eterno no inferno. A boa notícia é que Deus deu seu Filho (João 3.16; Romanos 5.8) como oferta pelo pecado (Isaías 53.5-6; 2 Coríntios 5.21). Visto que Deus é reconciliado e sua ira totalmente satisfeita (2 Coríntios 5.19), ele nos oferece salvação, perdão e comunhão com ele. Isso é um dom gratuito recebido pela fé em Jesus (Efésios 2.1-10). Louvemos a Deus! Nossa culpa é removida e não há mais necessidade de temer punição. Deus nos aceita como nós somos.

Nosso desejo é que as pessoas cheguem a orar, como é conhecida, a Oração do Pecador: “Senhor, confesso que sou um pecador e fiz o que está errado aos teus olhos. Por favor, perdoe-me. Eu creio que Jesus morreu na cruz e pagou o preço do meu pecado. Eu o aceito agora como meu Senhor e Salvador. Por favor, ajude-me a viver ao teu agrado. Obrigado por tua maravilhosa salvação. Amém.”

Baseado nesta oração, asseguramos ao ouvinte que ele é salvo e irá para o céu. Perguntamos: “Onde está Jesus?” Se a pessoa responder: “No céu”, nós responderemos: “Sim, é verdade; mas, também, hoje e para sempre, ele vive em seu coração.” Além disso, asseguramos-lhe que ele agora é irmão ou irmã na fé.

Depois, pedimos que a pessoa leia a Bíblia e ore todos os dias e se torne um participante regular dos cultos de uma igreja que segue a Bíblia. Geralmente, as pessoas ficam surpresas, pois não concordaram com isso quando oraram. Elas não concordaram em se tornarem discípulos e seguidores de Jesus. O que elas queriam era amor, aceitação e perdão. Nós não damos ênfase à necessidade de obedecer à vontade de Deus, porque temos um medo mortal de oferecer salvação baseada em nossas obras da lei. Temos aceito o ensinamento de Paulo em Gálatas que somos salvos à parte das obras da Lei, tanto que relegamos o fruto do Espírito (Gálatas 5. 22-23; Romanos 12.1-2) a uma nota ao pé da página.

Certa vez, encontrei um jovem na rua cujo hálito cheirava a álcool. Pensei que ele pudesse estar vivendo com dúvidas e com um sentimento de fraqueza moral e de culpa. Por isso, lhe perguntei: “Você tem certeza de que, quando morrer, irá para o céu?” O que foi sua resposta? “É, claro: todos vão ao céu.” Então, imediatamente, senti-me obrigado a informá-lo da verdade, das más notícias: Deus não nos aceita se continuarmos apegados à nossa vida de pecado. Aconteceu que foi assim que encerramos nossa conversa. Ele estava determinado a continuar seu modo de viver e também a justificar-se pensando: “Que direito tem esse velho homem para me dizer que tenho que mudar de vida? Esse velho representa um estilo de vida antiquado de um segmento da elite da sociedade. Não tem relevância para mim.”

Eu cheguei à conclusão: Estamos dando a segurança da salvação baseada na recitação da oração do pecador? Esta é a mensagem que a igreja tem dado à nossa geração? É isso que os pregadores da televisão estão oferecendo? É assim que nós, crentes, comunicamos as boas novas às pessoas ao nosso redor? Esta não é nossa intenção, mas parece que é isso que o mundo está ouvindo.

Um amigo me perguntou: “Como você apresenta o evangelho em um mundo que perdeu o senso de culpa, mas está sensível à vergonha?” Eu acredito que ele estava se referindo ao fato de que vivemos numa sociedade onde cada pessoa acredita que têm o direito de determinar o que é certo para si. Num mundo de redes sociais (YouTube, Facebook, WhatsApp) jovens ficam envergonhados por não participarem do “momento”, por não estarem no “grupo”.

A igreja não está imune a isso. Apesar de conhecer as verdades da Bíblia, nós nos apresentamos de uma maneira para agradar a opinão pública. Adotando o ponto de vista da cultura reinante, estamos envergonhados pelos ensinamentos Bíblicos sobre a lei de Deus e o juizo vindouro.

As mulheres se levantaram para desmascarar a impropriedade sexual de homens poderosos, que agora são desgraçados publicamente. Em consequência desse movimento os educadores agora estão perguntando: “Como ensinamos ‘sexo consensual’ a adolescentes no ginásio?”  Há muito tempo o mundo rejeitou a lei de

Deus, ensinada na Bíblia, que as relações sexuais fora da aliança do casamento são pecado e esse adultério inclui luxúria, lascívia e concupiscência (Mateus 5.28). Numa sociedade pluralista esta linguagem é excluída da praça pública e do ensino nas escolas públicas. Agora, a cultura está dizendo, ”Cuidado para não ferir os sentimentos morais de outra pessoa, quaisquer que sejam esses sentimentos no momento.” Tomara que não sejamos envergonhados dos ensinamentos imutaveis cujo origem é divina, não humana.

Refletindo sobre essas coisas, comecei a perceber que não estávamos dando ao arrependimento a importância que a Bíblia dá a ele. Jesus iniciou seu ministério com estas palavras: “O reino de Deus está próximo.” O juízo está próximo “Arrependam-se e creiam nas boas novas” (Marcos 1.15). No dia de Pentecostes, Pedro acusou sua audiência de matar aquele que Deus tinha demonstrado ser o Senhor e o Messias, ressuscitando-o dentre os mortos (Atos 2.36). Então Pedro os chamou à se arrependerem e serem batizados (Atos 2.38). Paulo, em um mundo gentio, chamou os idólatras de Atenas à se arrependerem porque Deus “estabeleceu um dia em que julgará o mundo com justiça por meio do homem que designou” (Atos 17.31).

Arrependimento significa uma mudança de mente e coração. Uma tradução em inglês traduz a palavra grega metanoia com a frase: “abandonar o pecado e virar-se para Deus”. Mas, fundamentalmente, é deixar de servir a deuses falsos (inclusive a si mesmo) para servir ao Deus vivo e verdadeiro. Então, com isso em mente, cheguei à conclusão que deveríamos explicar o evangelho de uma maneira que apresentássemos Jesus antes de tudo. Foi aqui que os apóstolos começaram. Os Evangelhos que temos, creio, foram a primeira apresentação evangelística de Cristo ao mundo, clamando ao povo para deixar a idolatria e servir ao Deus verdadeiro, tornando-se discípulos daquele que Deus enviou para ser o sacrifício expiatório pelos pecados e ao mesmo tempo Senhor de todos. No Último Dia, o dia de Juízo, a ele todos prestarão conta. Essa justiça foi revelada na cruz e na ressurreição, para que algumas pessoas a vissem; mas no Último Dia será revelada a todos os homens, queiram ou não queiram.

Usando a apresentação tradicional do evangelho, é possível deixar intacta a idolatria de nosso ouvinte. Deixe-me ilustrar. Os professores das escolas públicas e a mídia desafiam os jovens: “Torne-se tudo o que você deseja ser.” Assim, o adolescente sai da escola, entra no mundo profissional e, eventualmente, falha em alcançar seu sonho. Com esse sentimento de fracasso, ele ouve um cristão dizer: “Reconheça seu pecado. Jesus morreu para pagar a penalidade do seu pecado. Aceite-o como seu Salvador e Senhor. Confesse seu pecado e professe sua fé em Cristo em oração. ” Nosso ouvinte segue nossa liderança. Ele está liberto para seguir seu sonho sem a escravidão da culpa e vergonha. Ele se sente livre para deixar o passado e se esforçar para superar os desafios futuros.

            Pense em uma situação em que alguém tentava abrir uma empresa de comércio, mas estava falhando. Ele era teimoso, orgulhoso, não disposto a seguir conselhos, egoísta, pródigo com finanças, etc. Ele estava perdendo a família por excesso de trabalho e negligência. Ele reconheceu suas falhas e aceitou a Jesus. Ele confiou em Deus para o sucesso e começou a dedicar mais tempo à família. Então, sua empresa avançou com sucesso. Ele pensou: “Jesus está me ajudando a realizar meu sonho. Louve a Deus!”

            O problema é que o sonho dele é um produto do seu próprio deus — o deus da autodeterminação. “Eu mesmo sou livre para determinar meu destino da maneira que desejo.” Com essa mentalidade, nosso ouvinte está realmente usando Deus como um servo para realizar seus próprios desígnios pessoais. Ele não renunciou ao deus “AUTO”, de SI MESMO. Não se rendeu ao Deus verdadeiro. Ele não está permitindo que o verdadeiro Deus mostre a ele qual é a sua vontade, conforme a revelação na Bíblia.

Nós que afirmamos ser seguidores de Cristo, precisamos examinar a nós mesmos para ver se estamos apegados a algum deus falso, feito por nós mesmos. Então, somos chamados por Cristo para ajudar nosso ouvinte a identificar seu deus criado por ele mesmo, e não confundir isso com o conhecimento do verdadeiro Deus Criador. O problema não é tanto uma falha em relação a pecados específicos, mas uma falha em render-se ao verdadeiro Deus que é legislador e juiz, aquele que se revelou como Salvador e Senhor por meio de seu Filho Jesus Cristo.

  • assim que entendemos o desafio de Jesus: “Se alguém quiser acompanhar-me [ser meu discípulo], negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem

quiser salvar a sua vida, a perderá; mas quem perder a sua vida por minha causa e pelo evangelho, a salvará” (Marcos 8.34-35). A renúncia do deus da autodeterminação

  • a renúncia do deus posição, poder e riqueza (Marcos 10.21-23), do deus família (Marcos 10.28-30; Lucas 9.59-62), ou o deus tradição (Marcos 7.6-13). Sem a renúncia do “eu” e a rendição da nossa vida a Jesus, somos filhos de nosso pai, o diabo, o mentiroso e assassino desde o início ” (João 8.42-45). Essa é uma linguagem dura para todos os que são iludidos por sua própria vontade e por sua própria determinação.

            Portanto, considerando essas coisas, queremos voltar a apresentar Jesus como ele mesmo se apresentou: como o cumprimento das boas novas prometidas por Deus através dos profetas. Somos levados ao esboço básico do evangelho, às boas novas, como foi registrado em Marcos quando citou as palavras de Jesus no início do seu ministério: “Chegou a hora. … O reino de Deus está próximo. Arrependam-se e creiam nas boas novas! ” (Marcos 1.15).

MINI APRESENTAÇÃO DE JESUS

Esta seção apresenta o esboço de uma apresentação do evangelho. Essa mini apresentação pode ser usada para conversar com pessoas. Elas podem ser amigos, colegas de trabalho ou até mesmo estranhos completos. Ela introduz Jesus Cristo de maneira positiva e resumida. Também leva as pessoas a pensarem nas implicações de se tornar um seguidor de Jesus. Ao fim, você pergunta se a pessoa aceitará um convite para ir à igreja ou permitirá que você faça uma visita para uma explicação maior e para esclarecer dúvidas.

O que se segue é um mini esboço da apresentação do  evangelho:  Jesus  iniciou  o  seu  ministério  desta maneira: “O reino de Deus está perto.  Arrependa-se e acredite nas boas de novas ” Marcos 1.15)

1. Você gostaria de ir para o céu, certo? (*a)

2. Você sabia que Jesus trouxe o céu para a terra? Ele nos mostrou como será o céu. (*b)

(Aguarde uma resposta e explique brevemente o seguinte)

            – Veja seus milagres: No céu não haverá doença, fome, cegueira, tempestade, morte, etc.

            – Veja o ensino dele: No céu todos amarão a Deus. Ninguém se rebela contra Deus no céu. E no céu todos amarão ao próximo como a si mesmo. Todos viverão em paz, sem ódio, inveja, traição ou malícia.

            – Olhe para Jesus crucificado, ressuscitado dentre os mortos, elevado ao céu. Todos gozarão a vida eterna e abundante.

3. Você se tornará como o deus a quem serve (Salmo 115.8). Ídolos (estátuas) têm bocas que não falam, olhos que não vêm, ouvidos que não ouvem, narizes que não cheiram, mãos que não conseguem sentir, pés que não andam. As pessoas que os fazem e confiam neles serão como eles. O destino deles é o lixo.

            Quando servimos aos nossos próprios interesses, somos como imagens feito de metal, madeira ou gesso: não vemos Deus, não o ouvimos, não o vemos, não o procuramos, não corremos para fazer sua vontade. Como imagens, estamos mortos em relação a Deus.

            Todos os deuses criados por nós mesmos (paixão, luxúria, dinheiro, poder, fama, família etc.) morrem quando nós morremos. Eles não podem nos dar vida eterna.

4. Se seguirmos a Jesus, nós nos tornamos como ele.

            Nós o obedeceremos. Obedecemos a Deus como ele fez.

            Buscamos a pureza, como ele foi puro.

            Falamos a verdade como ele falou a verdade.

            Perdoamos aos outros como ele.

            Ajudamos os outros, incluindo os fracos, como ele os ajudou.

E compartilharemos o seu destino: seremos ressuscitados dentre os mortos como ele.

5. Há uma negativa de seguir Jesus. Jesus trouxe o céu à terra, mas o que o mundo fez a Jesus? (aguarde uma resposta). O mundo o odiava e o matou. O mundo foi capaz de destruí-lo? (aguarde uma resposta). Não. Não foi possível porque Jesus ressuscitou dos mortos no terceiro dia, o dia que celebramos como Páscoa.

            Se você decidir seguir a Jesus, enfrentará todo tipo de obstáculos. As pessoas vão ridicularizar, rejeitar você. Eles podem expulsá-lo da família. As pessoas não querem que você mude. Mas não se preocupe. Mesmo que alguém o mate, você será ressuscitado como Jesus. Você tem vida eterna e ninguém pode tocar nisso.

6. O que Jesus quer que façamos? Arrependa-se (Marcos 15).

            Identifique a coisa terrena que você serve. Faça estas perguntas:

Você aceita a lei de Deus ou, você escolhe aquilo de que mais gosta?

Você ora: “Deus, por favor, me dê isso. Eu preciso tanto disso. Ou ora “Eu me rendo a ti. Ajude-me a fazer o que Tu queres que eu faça?”.

O que você acha que vai te fazer feliz?  Isto pode ser o seu deus.

Com o que você se preocupa? Isto pode ser o seu deus.

O que você precisa para se sentir seguro?  Isto pode ser o seu deus.

Você evita a luz de Deus? Você não quer ler ou ouvir a Bíblia? Você não entende a Bíblia quando a lê? Você não quer obedecer aos mandamentos de Deus? Você está na escuridão.

            Uma vez que a identificar, confesse essa coisa e o domínio que ela tem sobre você. Então a renuncie. Peça a Cristo para que lhe perdoe e liberte. (*c)

            Arrepender-se significa: Voltar-se para Deus. Reconheça que Deus é luz.  Nele não há trevas (1 João 1.5). Jesus é a luz do mundo (João 8.12). Quem o segue, terá a luz da vida.  Quem entra na luz vê o seu pecado e o confessa (1 João 1: 8).

Você está perdoado porque tem um advogado, Jesus Cristo, que é o sacrifício da expiação pelos seus pecados e pelos pecados do mundo (1 João 2.1-2)

  • Acredite nas boas novas: (Marcos 1.15; Atos 2.38 e seguintes) Romanos 10.9 afirma: “Se você confessar [declarar] com a sua boca: ‘Jesus é Senhor’, e crer em seu coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos, será salvo.” Diga a outros que você pertence a Jesus. Seja batizado (professe lealdade a Cristo), reúna-se a outros que seguem a Jesus.

A vida cristã é o começo do céu. Estávamos mortos em nossos pecados, mas agora Deus nos levantou com Cristo e nos assentou com ele nos lugares celestiais (Efésios 2: 1,6).

(*a) Palavra “céu” é o que a maioria das pessoas entende como uma existência após a morte, cheia de paz e felicidade, sem nada de ruim. Eu acredito que as pessoas querem uma existência eterna melhor do que elas têm agora.

(*b) Aqui “céu” é sinônimo de “Reino dos céus”. Jesus disse: “O reino de Deus chegou próximo” (Marcos 1.15). Jesus é a personificação de como é o reino perfeito de Deus. A esperança cristã, de acordo com o ensino bíblico, é uma nova criação (2 Pedro 3.13; Revelação 21.1; 3-4). No retorno de Cristo, todos serão julgados (Mateus 25.31-33; 2 Coríntios 5.10). Todos aqueles que pertencem a Cristo desfrutarão de corpos ressuscitados como o corpo dele (Filipenses 3.20-21) e viverão em uma criação que demonstra a natureza da ressurreição (Romanos 8.18-21).

(*c) Os pontos 6 e 7 exigem algum tempo. Nem sempre é fácil para nós, nem para outros, identificar a escravidão, o mal, ou a coisa mundana que nos controla. Provavelmente haverá resistência em reunir-se com irmãos da igreja onde confessemos nossos pecados, recebamos a garantia de perdão e oremos um pelo outro. É nesta comunidade que somos motivados a confiar em Deus e produzir boas ações e amar aos outros como fomos amados por Deus.

ESPOSIÇÃO DO ESBOÇO DA APRESENTAÇÃO

Esta é uma versão ampliada da apresentação do evangelho, as boas novas de Jesus.

            É muito longo para falar com alguém em uma sessão. Destina-se a informar a mente do cristão que está compartilhando com uma pessoa interessada em se tornar um seguidor de Cristo. Ao passar tempo com uma pessoa, você pode discernir que ensino é mais relevante às circunstancias do indivíduo.

A. INDICADORES DE INTERESSE

Logo após apresentar Cristo de uma maneira sucinta e resumida, e depois de ter observado um interesse inicial em seguir a Cristo, convém incentivá-las a ler um dos evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas ou João) por si mesmas. Estes foram os apóstolos e irmãos que apresentaram Jesus à sua audiência no primeiro século. Escrevi um estudo bíblico autodidático sobre o Evangelho de Lucas, destinado a acompanhar a leitura do Evangelho versículo por versículo, do capítulo um ao capítulo vinte e quatro. Os Atos dos Apóstolos, juntamente com a leitura de uma das epístolas de Paulo, como Efésios, são uma boa introdução à nova vida que é vivida na igreja, a família de Deus, que vive a vida celestial neste mundo. Também preparei estudos autodidáticos para ajudar na leitura desses livros.

Um dos melhores indicadores que Deus está trabalhando na vida de uma pessoa é que ela está lendo as escrituras para encontrar orientação para sua vida. Isso não é facilmente acompanhado. No entanto, quando alguém tem uma Bíblia e um livreto de um estudo autodidático, você pode perguntar: “Como você está indo com a leitura? Tem alguma pergunta?” Quando uma pessoa conclui a leitura de Lucas, por exemplo, e entrega o estudo com as perguntas respondidas, você pode verificar se há erros nas respostas. Isso ajuda você a entender se ela esta está compreendendo ou não. Frequentemente, uma pessoa responde a uma pergunta, não pelo que lê, mas pelo que ela mesma pensa. Erros são uma oportunidade de estudar mais profundamente essa parte das Escrituras, a fim de esclarecer seu significado. É também uma oportunidade de motivar o leitor a não desistir. Estamos todos em uma jornada de entendimento e obediência. Nós nunca devemos desistir.

Esses estudos (cursos) autodidáticos estão publicados em outra parte do site, blessedpoor.net. Eles estão disponíveis a todos, que podem utilizá-los enquanto está discipulando a outros.

Outro indicador de que o Espírito de Deus está operando na vida de uma pessoa é a frequência dominicalmente ao culto e a criação de laços de amizade com outros irmãos da igreja. Embora tenhamos apresentado a pessoa a Cristo, devemos também apresentá-la a outros membros da igreja, que é o Corpo de Cristo. Não devo pensar que sou o único responsável por suprir tudo o que uma pessoa necessita de Cristo. Cristo forneceu muitos dons e talentos na família para ajudar todos nós a amadurecermos. Veja Efésios 4: 10-16 e 1 Coríntios 12. Eu em mim não tenho todo a plenitude da graça de Deus. Outros tem dons que faltam em mim e que estão disponíveis para auxiliar a pessoa que estou guiando para Cristo.

            Tendo dito isso, continuamos com uma explicação mais detalhada da apresentação do evangelho. A primeira seção principal é: Tornamo-nos como o deus auto criado (ídolo) que servimos, que nos conduz à morte; ou nós nos tornamos como Cristo, a quem seguimos e compartilhamos na vida eterna.   

            Assim, com estas palavras, apresentamos a primeira seção da apresentação do evangelho: Tornamo-nos como o deus que nós mesmos fazemos (ídolo) e que servimos, que é a morte; ou nós nos tornamos como Cristo, a quem seguimos, com o resultado que participamos na sua vida, a vida eterna.

B. GOSTARIA DE IR PARA O CÉU?

Podemos iniciar nossa conversa com a pergunta: “Você gostaria de ir para o céu quando morrer?” Até agora não encontrei alguém que não queira ir para o céu, para viver em felicidade eterna. Todos desejam um estado de existência sem sofrimento,

morte, separação, injustiça, ou violência. Eles querem paz, prosperidade, segurança e amizade. As pessoas anseiam por amor, justiça, respeito, cura e senso de valor. Eclesiastes 3.11 diz que Deus “estabeleceu a eternidade no coração humano; todavia, ninguém pode entender o que Deus fez do começo ao fim.” Uma parte essencial de ser humano é conhecer a Deus e discernir os seus propósitos; e, queremos estar com ele para sempre. Paulo dirigiu a mente dos filósofos pagãos em Atenas, ao Criador de tudo, que “dá vida a todos, o fôlego e tudo mais” (Atos 17.25). Ele continuou: “Deus fez isso para que eles [os habitantes do mundo] o procurassem e talvez o alcançassem e o encontrassem, embora ele não esteja longe de nenhum de nós. Pois nele vivemos, nos movemos e existimos” (Atos 17.27-28). Criados à sua imagem e semelhança (Gênesis 1.27), desejamos sua aceitação e vida com ele para sempre.

C. VOCÊ SABIA QUE JESUS TROUXE O CÉU PARA A TERRA?

Em seguida, podemos perguntar: “Você sabia que Jesus trouxe o céu para a terra?” A maioria das pessoas não pensam em Jesus dessa maneira. Porém, com alguma reflexão, alguns reconhecem que Jesus estava pintando uma paisagem do céu. Por expulsar espíritos imundos das pessoas endemoniadas, Jesus estava mostrando que no céu não há espaço para o diabo. Apesar de ser tentado pelo diabo no deserto (Mateus 4:1-11), Jesus resistiu a tentação cintando em defesa a palavra de Deus. E mais, ele não tentou a ninguém. Semelhantemente, no céu não há tentação. Jesus curou os enfermos, deu vista aos cegos, sarou leprosos e até ressuscitou os mortos. Jesus perdoou pecados (Marcos 2.1-7; João 8.11), libertando-nos assim da culpa, vergonha e condenação. Com a multiplicão dos pães e dos peixes e assim alimentando uma grande multidão de gente, Jesus mostrou que ele satisfaz nossas necessidades e anseios básicos. Ele também acalmou um mar agitado, ordenando que cessassem os ventos, a força do vendaval, dando segurança aos discípulos em tempo de perigo. No reino dos céus não há distúrbios das forças de natureza. Não há fome, sede ou perigo.

            Ao reafirmar a lei do amor de Deus (Mc 12.29-31, citando Dt 6.4-5 7 e Lv 19.18), ele está nos dizendo que no céu Deus governa. Ele alcança tudo o que ele quer. Ele domina tudo e todos abrem mão da sua própria vontade. No céu, as pessoas amam a Deus e amam todos os filhos dele – paz com Deus e paz entre a humanidade. No reino dos céus ninguém consegue se esconder de Deus. Agora, neste mundo nós tentamos esconder o nosso pecado e vergonha, mas no céu a vida de cada pessoa é um livro aberto. Porque amamos a Deus, queremos que ele esteja perto. Estamos o louvando sempre (Apocalipse 4 e 5). Além disso, a nova criação está cheia de pessoas de todas as nações, tribos, pessoas e idiomas (Apocalipse 7.9). Pessoas não odeiam, enganam, mentem e defraudam os outros. Ninguém precisa se proteger com armas, muros e portões (Apocalipse 21.25). Os laços familiares não nos separam dos outros, pois seremos como os anjos (Mateus 22.30). Distinções que têm significado para a vida social neste mundo e que separam as pessoas perderam sua relevância no reino. Paulo escreve: “Não há judeu nem gentio, nem escravo nem livre, nem há homem nem mulher, pois todos vocês são um em Cristo Jesus” (Gálatas 3,28). Tendo uma visão clara da vida da nova criação, nós procuramos não deixar essas distinções nos separar enquanto vivemos neste mundo.

            Além disso, manifestações celestes indicavam que Jesus veio do céu. Enquanto o menino Jesus estava deitado na manjedoura, a glória do Senhor se mostrou ao redor dos pastores no campo. Ali um anjo disse: “Não tenham medo. Trago boas notícias que causarão grande alegria a todas as pessoas. Hoje, na cidade de Davi, um Salvador nasceu para vocês; ele é o Messias, o Senhor.” (Lucas 2.10-11). No batismo, Jesus ouviu a voz de seu Pai do céu: “Você é meu Filho, a quem eu amo. Estou contente com você”(Marcos 1.11). João Batista viu a pomba descer sobre Jesus e também ouviu a voz: “Este é meu Filho, a quem amo. Com ele me comprazo.”(Mateus 3.17). Na montanha da transfiguração as roupas de Jesus se tornaram brancas, deslumbrantes e uma nuvem apareceu e o envolveu e uma voz disse: “Este é meu Filho, a quem amo, ouçam-no.” (Marcos 9.7).

            Para cumprir as Escrituras, Jesus morreu na cruz como oferta pelo pecado, um sacrifício de expiação pelos pecados do mundo. Isaías escreveu: “Ele foi traspassado por nossas transgressões” (Isaías 53: 5). “O Senhor faz de sua vida uma oferta pelo pecado” (Isaías 53.10).

            Finalmente, Deus ressuscitou Jesus da morte e da sepultura. Um anjo com aparência de relâmpago veio às mulheres que haviam ido ao túmulo para ungir seu corpo, e lhes disse: “Ele não está aqui; ele ressuscitou, como ele disse. Vinde e vede o lugar. ”(Mt 28.8). Com seu corpo ressuscitado, poderoso, e espiritual Jesus não estava mais sujeito à maldição do pecado, ao sofrimento e à morte. Jesus poderia aparecer e desaparecer e até comer na presença de seus discípulos (Lucas 24.42,43). O apóstolo Paulo declara que na eternidade, na nova criação, nós teremos corpos semelhantes ao corpo ressuscitado de Jesus. “Nossa cidadania está no céu. E aguardamos ansiosamente um Salvador dali, o Senhor Jesus Cristo, que, pelo poder que lhe permite trazer tudo sob seu controle, transformará nossos corpos humildes, para que sejam como seu corpo glorioso ”(Filipenses 3.20-21).

            Então, agora sabemos como Jesus trouxe o céu à terra. Foi isso que ele quis dizer quando disse: “Chegou a hora…, O reino de Deus está próximo ” (Marcos 1.15).

D. TORAMO-NOS COMO O DÉUS QUE SERVIMOS

            1. DEUSES DE NOSSA FABRICAÇÃO.

Quando nos tornamos seguidores de Jesus, nós nos transformamos na semelhança dele e compartilhamos de seu destino. Quando servimos a ídolos, nós nos tornamos como eles. No Salmo 115.3-8, lemos que ídolos têm olhos, mas não vêem, bocas, mas não falam, olhos, mas não vêem, narizes, mas não cheiram, mãos mas não podem sentir e pés mas não conseguem andar. Então o Salmo diz: “Os que os fazem serão como eles, e todos os que neles confiam” (115: 8). Algum dia, ídolos feitos por seres humanos acabarão em uma pilha de poeira.

            E os ídolos nossa sociedade moderna? Personalidades da TV, cantores com shows e álbuns de música tem muitos seguidores que cantam suas músicas e imitam seu modo de se vestir. E quantos deles morreram por suicídio ou por overdose de drogas. Mesmo assim, milhões seguem sua música e os imitam. Eles podiam cantar no palco e receber os aplausos da multidão, mas não podiam viver consigo mesmo e descansar aos cuidados de Deus. Veja o Salmo 73 sobre o destino dos que exaltam a si mesmo e confiam nas suas riquezas. Os aplausos do mundo não influenciam o juízo de Deus em nada. O seu destino é a ruína. De repente são destruídos (Salmo 73.18-19). Asafe, autor do Salmo 73, clama a Deus. Apesar de um certo desejo pela segurança e poder do dinheiro, ele grita: “Ainda estou sempre com você; Você me segura pela minha mão direita. Você me guia com o seu conselho e depois me leva à glória ” (73.23-24).

            Qual é o destino daqueles que tem no lucro e o acúmulo de dinheiro o alvo da sua vida? Jesus disse: “Você não pode servir a Deus e ao dinheiro” (Mateus 7.24). Seu coração estará com um ou outro, não com os dois. Para alguém que estava em uma discussão contenciosa com seu irmão sobre como dividir uma herança, Jesus respondeu: “Quem me designou um juiz ou árbitro entre vocês?” (Lucas 12.14). Então ele disse: “Cuidado! Fiquem de sobreaviso contra todo tipo de ganância.” Em seguida contou a história de um homem que havia ganho muito dinheiro e que disse a si mesmo: “Você tem grande quantidade de bens armazenados para muitos anos. Descanse, coma, beba e alegre-se” (Lucas 12.19). Para esse tipo de pessoas Jesus disse: “Seu tolo! Nesta mesma noite, sua vida será exigida de você. Então quem receberá o que você preparou para si mesmo? ”(Lc 12.20).

            O Salmo 49 diz que a riqueza não pode resgatar a vida de ninguém (49.7). Os homens não levam nada consigo quando morrem (49.17). Os que confiam nas riquezas são “como os animais que perecem” (49.12). Mas Deus redimirá do reino dos mortos aqueles que confiam nele e ele os levará para si (49.15).

            Os ídolos não têm vida em si mesmos. Aqueles que seguem deuses de sua própria criação, como fama ou riqueza, têm olhos, mas não vêem. Têm ouvidos, mas não entendem o ensino dele; eles têm pés, mas não fazem nenhum esforço para obedecer ao chamado de Cristo. (Mateus 13.11-16; 2 Coríntios 2.6-16). A morte caracteriza aqueles que seguem os “caminhos deste mundo e o governante do reino dos ares, o espírito que agora trabalha naqueles que são desobedientes” (Efésios 2.1-2). Os ídolos não tem vida em si. Os que os fazem e os adoram são mortos para tudo que é de Deus. Não ouvem, nem obedecem a sua palavra.

            2. JESUS

Quando Jesus chamou seus primeiros discípulos, ele disse: “Vem, segue-me … e eu te enviarei para pescar pessoas.” (Mc 1.17). Como é a pesca para as pessoas? “Jesus percorreu todas as cidades e vilas, ensinando em suas sinagogas, proclamando as boas novas do reino e curando todas as doenças e enfermidades. Quando viu as multidões, teve compaixão delas porque eram como ovelhas sem pastor (Mt 9.35-36). Esse é Jesus pescando pessoas.

            Aqueles que seguem Jesus aprenderão com ele e pescarão as pessoas exatamente como ele. Ele disse: “A colheita é abundante, mas os trabalhadores são poucos.” (Mateus 9.37). Assim, ele deu a seus 12 apóstolos autoridade para fazer exatamente o que estava fazendo – expulsar espíritos impuros e curar todas as doenças e enfermidades (Mateus 10.1), e eles saíram proclamando que o reino de Deus estava próximo (Mt 11.7).

            Durante seu ministério, Jesus disse: “Vinde a mim, todos vocês que estão cansados e sobrecarregados e eu lhes darei descanso. Leve meu jugo sobre você e aprenda comigo, pois sou gentil e humilde de coração e você encontrará descanso para suas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mateus 11.28-30). Estou em dívida com meu amigo Carl Bosma, colega dos dias missionários do Brasil que me deu a visão que aprendeu de um fazendeiro em sua congregação. O boi domado é o experiente, firme, forte e obediente. O fazendeiro coloca um boi mais jovem e inexperiente ao lado dele. Ambos estão sob o mesmo jugo, mas o boi domado está ao lado do inexperiente, liderando, ensinando, assegurando e firmando. Jesus é como o boi domado, manso, humilde, unido conosco. Ele está ensinando e nos ajudando a obedecer aos mandamentos do Pai.

            Quando seguimos Jesus, não apenas nos tornamos como Jesus, mas também compartilhamos o seu destino. Para Marta, Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim viverá, mesmo que morra; e quem vive crendo em mim nunca morrerá.” (Jo 11.25). E então ressuscitou Lázaro da morte. Então o próprio Jesus ressuscitou dos mortos. Tudo isso prova que ele tem o poder de fazer o que prometeu. Ele está vivo e ele voltará. No último dia, os que estão nos túmulos ouvirão sua voz e sairão (Jo 5.28). João em sua 1ª Epístola (3.2) escreve: “Mas sabemos que quando Cristo aparecer, seremos como ele, pois o veremos como ele é”.

            Além disso, seguindo Jesus, seremos tratados pelo mundo da mesma maneira que o mundo tratou o tratou. Jesus, o Homem do céu, trouxe o céu à terra, mas o mundo trata o céu como se fosse um inimigo alienígena. John escreve que “embora o mundo tenha sido feito através dele, o mundo não o reconheceu. Ele chegou ao que era seu, mas os seus não o receberam” (João 1.10,11). No Cenáculo, um dia antes de ser crucificado, Jesus advertiu seus discípulos:

“Se o mundo te odeia, tenha em mente que me odiava primeiro. Se você pertencesse ao mundo, ele o amaria como seu. Você não pertence ao mundo, eu o escolhi, tirando-o do mundo. É por isso que o mundo te odeia. Lembre-se do que eu lhe disse. Um servo não é maior que seu mestre. Se eles me perseguiram, também o perseguirão. Se eles obedecem aos meus ensinamentos, também obedecerão aos seus” (João 15: 18-20).

Sofreremos rejeição do mundo, mesmo por aqueles que consideramos mais próximos de nós, como família e amigos (Mateus 10.21-22, 34-39). Este é o custo aqui e agora de seguir Jesus (Lucas 14.25-33).

            Mesmo se sofrermos como consequência de seguir a Cristo, não devemos nos preocupar. O mundo matou Jesus, mas não conseguiu detê-lo. Deus o ressuscitou da morte. Louvado seja Deus, Jesus vive para sempre e foi recebido de volta ao céu, onde reina em glória. Mesmo se nos tornarmos mártires da fé, nós, juntamente com Cristo,

reinaremos com Ele e compartilharemos sua glória. A vida eterna que recebemos pela fé (João 3.16) não pode ser extinta pela morte (Romanos 8.31-39).

O que fazemos para começar a experimentar o céu, o reino de Deus, já nesta vida? Nós nos arrependemos de nossa idolatria e acreditamos em Jesus confiando e obedecendo a ele. Isso será explicado nas próximas seções: arrependimento, graça e fé.

E. ARREPENDIMENTO

Na primeira seção sobre “Você sabia que Jesus trouxe o céu para a terra” explicamos até certo ponto o que significa, “o reino de Deus se aproximou.” Com Jesus, o reino se manifestou de uma maneira nova. Através de seus milagres, Jesus mostrou o poder de Deus; através de seus ensinamentos, ele ensinou como é o viver no reino. Em seu corpo humano, Jesus trouxe o céu à terra. Quando ele começou seu ministério, Jesus estava dizendo: “Observe-me. Ouça os meus ensinamentos. Escute-me. Estou lhe dizendo quem eu sou. Dê-me a honra que eu mereço.” A resposta correta não é exigir mais milagres, mais comida, mais demonstrações de poder e mais curas. A resposta correta não é reunir-se para se revoltar contra os ocupantes romanos do território israelita. A resposta correta é: “Arrependa-se. Creia nas boas novas” Marcos 1.15).

            O que Jesus quis dizer ao nos chamar para nos arrependermos? Arrepender-se significa mudar de ideia, mudar a direção de nossa vida, mudar nossa lealdade e cidadania. Arrependimento significa mudar de seguir deuses falsos para seguir o Deus verdadeiro.

            No Dia de Pentecoste, Pedro chamou o povo à se arrepender. Ao matar Jesus, eles se mostraram membros de um outro reino, servindo a um deus da sua própria criação. Jesus havia dito: “Vocês tem uma boa maneira de pôr de lado os mandamentos de Deus, a fim de obedecerem às suas tradições!” (Marcos 7. 9). Ao

criar as suas próprias tradições, eles estavam criando um deus à sua própria imagem, em vez de se submeterem ao verdadeiro Deus revelado pelos profetas. Em seguida, Pedro falou sobre Jesus citando profecias do Antigo Testamento. Ele encerrou sua mensagem dizendo: “Deus ressuscitou esse Jesus …, Deus fez este Jesus a quem vocês crucificaram, Senhor e Cristo” (Atos 2.32-33; 36). Os ouvintes ficaram aflitos em seu coração.” Eles perceberam que não estavam seguindo o Deus verdadeiro. Eles não tinham percebido que Jesus veio de Deus. Este Jesus a quem eles rejeitaram mostrou ser o Messias. Com a ressurreição de Jesus eles reconheceram a verdade. Eles perguntaram a Pedro e aos outros discípulos: “Irmãos, o que devemos fazer?” Pedro lhes respondeu: “Arrependam-se e sejam batizados.” (Atos 2.38).

            Mais tarde, em Atenas, Paulo ficou angustiado ao ver todos os ídolos na cidade. Para os filósofos gregos, Paulo falou sobre o Deus desconhecido, que era o Criador de todas as coisas e de quem todos somos dependentes. Ele concluiu com estas palavras:

 “Assim, visto que somos descendência de Deus, não devemos pensar que a Divindade é semelhante a uma escultura de ouro, prata ou pedra, feita pela arte e imaginação do homem. No passado Deus não levou em conta essa ignorância, mas agora ordena que todos, em todo lugar, se arrependam. Pois estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio do homem que designou. E deu provas disso a todos, ressuscitando-o dentre os mortos” (Atos 17. 29-31).

Este foi um chamado urgente para deixar deuses falsos para servir ao Deus verdadeiro.

            Arrependimento significa transferir lealdade de deuses falsos para o Deus verdadeiro. Quando imigrantes se tornam cidadãos, eles juram lealdade ao nosso país. Eles juram: “Eu juro lealdade à Bandeira e à Federação do Brasil.”. Ao dar o passo para vir ao Brasil, eles se “arrependeram”, mudaram de ideia. Decidiram que não havia mais futuro em sua nação natal. Decidiram se tornar parte de um novo país com um novo modo de vida. Eles transferiram sua lealdade do país antigo para o novo.

            João em sua primeira carta (2.15-17) nos diz: “Não amem o mundo nem o que nele há.” Como é o mundo? É dominado pela “cobiça da carne”, prazer sexual, vícios de todo tipo e o desejo de satisfazer os apetites do corpo. Também, o mundo está cheio da “cobiça dos olhos”, levando-nos a cobiçar a última novidade e prometendo que isso nos dará felicidade e satisfação. E os do mundo são caracterizados pelo orgulho da vida, pela procura de poder, posição e louvor. João conclui escrevendo: “O mundo e a sua cobiça passam, mas aquele que faz a vontade de Deus permanece sempre.” Ou, como Pedro diz, “Amados, insisto em que, como estrangeiros e peregrinos no mundo (Somos cidadãos do céu.) vocês se abstenham dos desejos carnais que guerreiam contra a alma” (1 Pedro 2.11). Por não amar o mundo ou qualquer coisa no mundo, estamos nos arrependendo. Estamos transferindo nossa lealdade de um reino que não tem futuro para um reino que garante a vida eterna.

            Perto do fim de sua vida, Frank Sinatra, um cantor popular da América do Norte, escreveu uma canção que termina com essas palavras. São as palavras de uma alma impenitente:

Pois o que é o homem, o que ele tem?

Se não é ele mesmo, então ele não tem nada,

Para dizer as coisas que ele realmente sente

E não as palavras de alguém que ajoelha-se.

O registro mostra que eu levei os golpes

E vivi a vida do meu jeito, do meu jeito

            Ele diz que muitos americanos como ele ecoam suas palavras: “Eu digo o que sinto. Eu obedeço a mim mesmo. Eu faço o que quero. Em consequência, posso sofrer, mas isso não importa, está bem. Eu faço do meu jeito.

            Ouça a pergunta sondadora de Jesus: “Que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?” (Marcos 8.36). Arrepender-se significa “dizer as palavras de alguém que ajoelha”. Não quero mais fazer do meu jeito. Eu farei tudo do teu jeito, ó Senhor.

            Precisamos mudar de direção. Jesus contou a história de um filho rebelde que foi embora e, quando caiu em si, voltou a seu pai. Porque o filho não gostava das regras de seu pai na fazenda, ele pegou a riqueza de seu pai e a desperdiçou em festas e farras. Seus amigos nada mais eram do que parasitas que sugavam a vida dele. Eles o viciaram com drogas, álcool, sexo e na busca de sucesso e fama mundana. Como resultado, ele perdeu a família e tudo de valor e se tornou escravo de um criador de porcos. Lá, ele desejou comer a forragem que os porcos comiam, mas nem isso lhe deram. Finalmente, depois de cair no fundo do poço, ele voltou a si. “Caindo em si, ele disse: “Quantos empregados de meu pai têm comida de sobra e eu aqui, morrendo de fome! Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados. A seguir, levantou-se e foi para seu pai.” (Lc 15.17-20). Ele voltou, disposto a ser um servo e servir seu pai. Ele deixou de querer servir a si mesmo para querer servir a seu pai.

            Não é fácil para alguém identificar seu falso deus e se afastar dele. Pode começar com remorso por fazer algo errado e sofrer as consequências. Durante uma sessão de aconselhamento um preso às vezes dizia: “Eu simplesmente não posso me perdoar”. Além de estar preso por alguma infração, ele foi abandonado por uma esposa, que se divorciou dele e persuadiu um juiz a proibir visitação aos filhos. Ele estava arrependido e prometeu nunca mais fazer isso, mas era tarde demais para recuperar o que havia perdido. Isso tudo é importante, mas não está arrependimento completo.

                O importante aqui é ajudar a pessoa a entender que seu pecado é acima de tudo contra Deus. Ele pode ter ferido os outros e a si mesmo, mas isso é secundário perante a ofensa contra Deus. O Salmo 107 diz: “Assentaram-se nas trevas e na sombra mortal, aflitos, acorrentados, pois se rebelaram contra as palavras de Deus e desprezaram os desígnios do Altíssimo. Por isso ele os sujeitou a trabalhos pesados; eles tropeçaram e não houve quem os ajudasse. Na sua aflição, clamaram ao Senhor e ele os salvou da tribulação” (Salmo 107.10-13). “Que eles deem graças ao Senhor, por seu amor leal e por suas maravilhas em favor dos homens.” (107.15).

            Uma pessoa pode não ser capaz de perdoar a si mesma. O que ela precisa é do perdão de Deus e, em seguida, uma aceitação da disciplina de Deus em sua vida. Tanto Judas quanto Pedro tinham uma agenda para o Messias além da que Jesus delineou para si (Mateus 16.21-23). Judas traiu Jesus e não podia perdoar a si mesmo, nem podia enfrentar os outros discípulos; então ele saiu e se matou. Pedro negou Jesus e saiu, chorando amargamente (Lucas 22.62). Judas não estava servindo a Jesus; ele nunca o servia. Ele pretendia lucrar com a sacola de dinheiro dos discípulos, a conta de despesas deles, por assim dizer (João 12.6). Pedro estava servindo ao Senhor e ele voltou ao Senhor por graça e perdão de Deus. Não somente foi ele perdoado, mas foi restaurado à liderança dos apóstolos (João 21.15-17). Paulo escreveu: “A tristeza segundo Deus não produz remorso, mas sim um arrependimento que leva à salvação e a tristeza segundo o mundo produz morte” (2 Coríntios 7.10). Lamentar o mal e sofrer as consequências não é suficiente. Precisamos sentir pena de um relacionamento quebrado com Deus e retornar a ele. O arrependimento mundano leva à autopiedade e autopunição. O arrependimento para com Deus produz paz por causa do pagamento pelos nossos pecados por Cristo na cruz.

F. SALVAÇÃO PELA GRAÇA

Pode parecer que a ênfase em abandonar nossas próprias paixões, desejos e metas a fim de servir ao Deus verdadeiro é uma maneira de obter salvação por nosso próprio esforço. Isto não é verdade, de forma alguma. Arrependimento significa que desistimos de tentar nos salvar. Sabemos que somos incapazes de nos libertar do pecado. Romanos 7.14-19 diz:

“Sabemos que a Lei é espiritual; eu, contudo, não o sou, pois fui vendido como escravo ao pecado. Não entendo o que faço. Pois não faço o que desejo, mas o que odeio. … Porque tenho o desejo de fazer o que é bom, mas não consigo realizá-lo. Pois o que faço não é o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo.”

Paulo em Efésios 2.1-10 explica quem é que nos salva:

“Vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, 2 nos quais costumavam viver, quando seguiam a presente ordem[a] deste mundo e o príncipe do poder do ar, o espírito que agora está atuando nos que vivem na desobediência. 3 Anteriormente, todos nós também vivíamos entre eles, satisfazendo as vontades da nossa carne[b], seguindo os seus desejos e pensamentos. Como os outros, éramos por natureza merecedores da ira. 4 Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou, 5 deu-nos vida com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos. 6 Deus nos ressuscitou com Cristo e com ele nos fez assentar nos lugares celestiais em Cristo Jesus, 7 para mostrar, nas eras que hão de vir, a incomparável riqueza de sua graça, demonstrada em sua bondade para conosco em Cristo Jesus. 8 Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; 9 não por obras, para que ninguém se glorie. 10 Porque somos criação de Deus realizada em Cristo Jesus para fazermos boas obras, as quais Deus preparou antes para nós as praticarmos.”

            A salvação não depende de nosso próprio trabalho meritório, mas do que Jesus fez por nós. Jesus fez e faz por nós o que não podemos fazer por nós mesmos. “Todos os nossos atos justos são como trapos imundos”, diz Isaías (64.6). “Não há quem faça o bem, nem mesmo um” (Salmo 14.3; Romanos 3.10). “Todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Nós somos incapazes de obedecer adequadamente a Deus, e somos incapazes de expiar nossos pecados. De fato, todos os nossos esforços para pagar pelos danos que infligimos não restauram a situação ao que era antes de nosso pecado. Suponha que roubamos uma grande quantia de dinheiro, fomos presos e prometemos pagar tudo de volta. Mesmo se pudéssemos pagar o dinheiro de volta, como podemos pagar pelo esforço de investigação que levou nossa prisão? Como podemos restaurar a confiança que antes existia? Inicialmente, falhamos e depois, falhamos em nossa restituição.

            Gosto de resumir rapidamente a obra salvadora de Cristo. Ele obedeceu por nós, morreu por nós, ressuscitou da morte e ganhou a vida eterna por nós, subiu ao céu onde intercede por nós e retornará para nos ressuscitar da morte e nos levar para si.

            Primeiro, ele obedeceu a Deus perfeitamente. Adão, o pai da humanidade, pecou e, em consequência, trouxe a morte ao mundo. Também herdamos dele uma natureza pecaminosa (Romanos 5.12). Por outro lado, é através da obediência de Cristo que somos feitos justos com Deus pela fé em Cristo, tudo isso pela graça de Deus (Romanos 5.17-19). Jesus disse: “Quando vocês levantarem o Filho do homem, saberão que Eu Sou, e que nada faço de mim mesmo, mas falo exatamente o que o

Pai me ensinou” (João 8.28). Ele também disse: “ Se eu não realizo as obras do meu Pai, não creiam em mim. Mas se as realizo, mesmo que não creiam em mim, creiam nas obras, para que possam saber e entender que o Pai está em mim, e eu no Pai”

(João 10.37-38). E no jardim do Getsêmani, Jesus orou: “Aba, pai, tudo é possível. Afasta de mim este cálice; contudo, não seja o que eu quero, mas sim o que tu queres” (Marcos 14.36).

            Segundo, Jesus por sua morte é o sacrifício expiatório pelos nossos pecados e pelos pecados do mundo inteiro (1 João 2: 2). Deus considerou seu Filho, que era perfeito e sem pecado, como se fosse pecador e o fez uma oferta pelo pecado nosso (2 Coríntios 5.21), para que Deus pudesse se reconciliar conosco, sem levar em conta os nossos pecados (2 Coríntios 5.19). Ou, como Isaías profetizou:

“Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças; contudo nós o consideramos castigado por Deus, por Deus atingido e afligido. Mas ele foi transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados. Todos nós, tal qual ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; e o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós” (53.4-6).

            Terceiro, Jesus ressuscitou da morte para ganhar a vida eterna por nós.  “Por

seu poder, Deus ressuscitou o Senhor e também nos ressuscitará” (1 Coríntios 6.14). “Pois da mesma forma como em Adão todos morrem, em Cristo todos serão vivificados. Mas cada um por sua vez: Cristo, o primeiro; depois, quando ele vier, os que lhe pertencem” (1 Coríntios 15. 22-23). “A nossa cidadania, porém, está nos céus, de onde esperamos ansiosamente o Salvador, o Senhor Jesus Cristo. Pelo poder que o capacita a colocar todas as coisas debaixo do seu domínio, ele transformará os nossos corpos humilhados, tornando-os semelhantes ao seu corpo glorioso” (Filipenses 3.20, 21). E como João escreve em sua Primeira Epístola: “Mas sabemos que, quando ele [Cristo] se manifestar, seremos semelhante a ele, pois o veremos como ele é” (3.2).

            Quarto, no céu, Jesus intercede por nós. À direita de Deus, Ele ora por nós, para que a acusação de Satanás e a condenação do nosso pecado sejam nulas e sem efeito (Romanos 8.34). Como ele orou por Pedro enquanto estava na terra: “Simão, Simão, Satanás pediu vocês para peneirá-los como trigo. Mas eu orei por você, para

que a sua fé não desfaleça. E quando você se converter, fortaleça os seus irmãos” (Lucas 22.31,32), assim também ora por nós no céu.

            Por fim, Jesus retornará do céu e nos ressuscitará da morte para estarmos com ele para sempre.

“Pois, dada a ordem, com a voz do arcanjo e o ressoar da trombeta de Deus, o próprio Senhor descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que estivermos vivos seremos arrebatados com eles nas nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares. E assim estaremos com o Senhor para sempre.” (1 Tessalonicenses 4.16-17).

Veja também 1 Coríntios 15.50-57. E simultâneamente Cristo julgará os vivos e os mortos (2 Timóteo 4.1; Apocalipse 20.12), incluindo-nos (2 Coríntios 5.16), e expulsará Satanás (Apocalipse 20:10) e todos os seus seguidores (Mateus 25: 31-46; Apocalipse 20:15).

            Se pensarmos no arrependimento como se fosse uma obra de mérito, perdemos o objetivo da graça. O arrependimento, a mudança de coração e mente, não ganha salvação. Se formos honestos, percebemos que mesmo nosso arrependimento é muitas vezes parcial, provisório e limitado ao nosso pensamento nublado. Arrependimento significa que chegamos a um lugar em que entendemos que não podemos salvar a nós mesmos e que Jesus realizou para nós tudo o que era necessário para ser aceito por Deus. Paulo escreveu que a “confiança na carne”, o rito da circuncisão, o fato de pertencer à família de Israel e a justiça baseada na lei não são nada. Ele escreveu: “Eu as considero como esterco para poder ganhar Cristo e ser encontrado nele, não tendo a minha própria justiça que procede da lei, mas a que é mediante a fé em Cristo” (Filipenses 3.8-9). Ele escreveu que o falar em línguas e o dom de profetizar, o privilégio de dar todos os bens aos pobres não nos ganham nada (1 Coríntios 13.1-3). Viver no amor de Deus e deixar que seu amor seja revelado em nosso pensar e agir é viver pela graça. Nossa salvação é completamente ganha por Cristo e é recebida pela graça de Deus pela fé em Cristo.

            Mesmo nossa evangelização, o falar aos outros sobre o amor de Deus e o juízo final, não é uma ação meritória que ganha a vida eterna. Não devemos nos vangloriar de que “até os demônios nos submetem” em nome de Jesus (Lucas 10.17), mas que nossos “nomes estão escritos no céu” (Lucas 10.20), algo que é um dom de Deus ganho para nós por Cristo.

            O despertar da alma para ouvir e entender é um ato sobrenatural do Espírito Santo. Deus pode usar nossas palavras, mas elas são apenas uma das coisas que ele usa para tocar a consciência do pecador e acelerar o sentimento de desamparo que pede ajuda. Se falarmos aos mortos, eles não podem nos ouvir. É Deus quem lhes dá vida para ouvir e agir. Ezequiel escreveu a mensagem de Deus:

“Aspergirei água pura sobre vocês e ficarão puros; eu os purificarei de todas as suas impurezas e de todos os seus ídolos. Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. Porei o meu Espírito em vocês e os levarei a agirem segundo os meus decretos e a obedecerem fielmente às minhas leis” (Ezequiel 36: 25-27).

O apóstolo Paulo escreveu:

O Espírito sonda todas as coisas, até mesmo as coisas mais profundas de Deus. Pois, quem conhece os pensamentos do homem, a não ser o espírito do homem que nele está? Da mesma forma, ninguém conhece os pensamentos de Deus, a não ser o Espírito de Deus. Nós, porém, não recebemos o espírito do mundo, mas o Espírito procedente de Deus, para que entendamos as coisas que Deus nos tem dado gratuitamente. Delas também falamos, não com palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas com palavras ensinadas pelo Espírito, interpretando verdades espirituais para os que são espirituais. Quem não tem o Espírito não aceita as coisas que vêm do Espírito de Deus, pois lhe são loucura; e não é capaz de entendê-las, porque elas são discernidas espiritualmente”     (1 Coríntios 2.10-14).

            Não temos o poder para mudar o coração.   Nossa tarefa é testemunhar a

verdade e, em seguida, permitir que o Espírito de Deus aplique essa verdade ao nosso ouvinte, como e quando Ele queira. Eu reparei que Deus trabalha de tal maneira que Ele recebe o crédito e não nós. Os novos convertidos não gostam se nos gabarmos deles como fruto de nosso trabalho. Eles sabem que não éramos nós, mas Deus. Se

nos vangloriarmos, isso retarda mais do que ajuda o processo de conversão. É bom lembrar-nos das palavras de Jesus: “Assim também vocês, quando tiverem feito tudo o que lhes for ordenado, devem dizer: Somos servos inúteis; apenas cumprimos nosso dever”. (Lucas 17.10).

H. CREIAM NAS BOAS NOVAS

Jesus disse ao povo no início de seu ministério: “O Reino de Deus está próximo. Arrependa-se e creiam nas Boas Novas.”. Agora, explicamos o que significa acreditar nas Boas Novas. Crer não é apenas um consentimento intelectual, como, “Eu acredito que existe um deus. Eu acredito que a Bíblia conta a história de Israel e a vida de Jesus.”. Não foi isso que Jesus quis dizer quando disse: “Creiam nas boas novas.”. Ele quis dizer mais. Foi uma fé que transformaria o ouvinte em uma pessoa que prestaria devoção e submissão total ao seu Senhor e Mestre. Era a fé de um discípulo confiante na liderança do seu mestre.

            Vamos nos colocar no lugar das pessoas na nossa fronteira sul que deixaram Honduras, Guatemala e El Salvador. Eles têm medo dos traficantes, da violência, da falta de lei e ordem, da falta de esperança e de um futuro. Eles acreditam que há uma vida melhor no norte. Eles farão qualquer coisa. Eles deixam tudo para vir aqui. Eles agem de acordo com sua crença.

            Outros nestes países não saem. Uma reportagem na edição de março de 2019 da National Geographic tinha uma foto de um pregador de rua, um ex-membro de gangue, sob uma plataforma com microfone na mão. Ele estava pregando no culto fúnebre de um convertido que foi libertado da prisão e depois foi morto por uma gangue adversária. O repórter conversou com um homem da plateia, um ex-membro de uma gangue e um convertido. Ele disse ao repórter: “Você anda com Deus ou você anda com o diabo. Você não pode servir aos dois.”.

            Aqueles homens creram nas palavras de Jesus. Embora não tenham saído fisicamente da área, deixaram o mundo do medo e do terror. Eles creram em Jesus e nos seus corações entraram em um novo mundo – o reino de Deus e, com ele, a

segurança eterna. Imediatamente, eles voltaram ao território dos cartéis de drogas, não para serem submissos à autoridade do gangue, mas para pregar aos seus antigos amigos. Eles querem que eles experimentem a mesma verdadeira liberdade.

            Crer nas Boas Novas é acreditar que Deus através de Jesus cumprirá todas as suas promessas. Tão real foi a ressurreição dos mortos que Paulo pôde enfrentar qualquer rejeição, sofrimento ou perseguição. Foi porque considerou que “os nossos sofrimentos atuais não podem ser comparados com a glória que em nós será revelada (Romanos 8.18. Veja também 2 Coríntios 4.17). Como ele escreveu: “Se é somente para esta vida que temos esperança em Cristo, somos, de todos os homens, os mais dignos de compaixão” (1 Coríntios 15.19).

            Os heróis da fé citados em Hebreus 11 fizeram grandes coisas, abandonaram as riquezas e os prazeres deste mundo e até sofreram o martírio porque estavam ansiosos por sua recompensa. Eles tinham confiança no que Deus havia prometido para o futuro e estavam certos de que Deus podia cumprir o que tinha prometido (Hebreus 11.1).

            Quando Pedro disse, no Pentecostes: “Arrependa-se”, ele também disse, “Seja batizado” (Atos 2.38). Ele estava dizendo: “Se vocês acreditam que Jesus é o Messias, professem a sua fé pelo batismo.”. Pedro estava seguindo o que Jesus tinha dito aos onze discípulos pouco antes quando subiu ao céu: “Foi-me dada toda a autoridade nos céus e na terra” (Mateus 28.18). Então ele acrescentou: “Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo e ensinando-os a obedecer a tudo que eu lhes ordenei” (Mateus 28.19-20). Jesus disse “portanto” porque ele queria que aqueles que o aceitaram o aceitassem como Senhor. Eles se tornariam discípulos, seriam conhecidos como discípulos (batismo) e obedeceriam como discípulos, obedecendo ao que ele ordenou. Jesus disse: “Se vocês me amam (isto é, se vocês acreditam em mim), obedecerão os meus mandamentos” (João 14.15). Jesus disse: “Se alguém quiser acompanhar-me [isto é, ser meu discípulo], negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me.” (Marcos 8.34). Tomar a nossa cruz significa assumir a marca e o nome de Jesus. Isso é batismo.

            Como vocês sabem, o batismo significa morrer para este mundo e ser ressuscitado para uma nova vida. É morrer para o domínio de Satanás, do mundo e do pecado. O cristão está se tornando vivo e se unindo ao Cristo vivo. Está oferecendo o seu corpo como instrumento de justiça, não como instrumento de maldade. É ser um servo de Cristo, não um escravo do pecado e de si mesmo (Romanos 6).

            Tomando a cruz e sendo identificado com Cristo através do batismo, estamos professando seu nome a todos. Nos países muçulmanos, hindus ou budistas, aqueles que são batizados são frequentemente excluídos e perseguidos pela família, vizinhança e até pelo governo. Alguns são mortos. Jesus já sabia disso. Ele próprio foi rejeitado e morto por sua obediência ao Pai. Tomar sua cruz inclui professar seu nome: “Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras nesta geração adúltera e pecadora, o Filho do homem se envergonhará dele quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos” (Marcos 8.38).

            No Dia de Pentecostes, Pedro continuou sua instrução para os novos discípulos: “Salvem-se desta geração corrupta.” (Atos 2.40), que certamente incluía a formação de uma nova comunhão. Se os governantes da sinagoga e seu povo tivessem decidido ser batizados e se tornassem seguidores de Jesus, o Messias, certamente teriam formado o núcleo da nova igreja. Em vez disso, os novos crentes se reuniram nas cortes (páteos) do templo, o amplo espaço público aberto em frente e ao longo das laterais do templo, adequado para ouvir o ensino continuado dos apóstolos. Certamente, o que eles ensinaram é o que temos nos Evangelhos da Bíblia.

            Eles também em suas casas comeram juntos, tiveram comunhão e oraram juntos. Aqui também o ensino de Jesus foi compartilhado com aqueles que não puderam ir às cortes do templo. Muitas das pessoas mais ricas venderam suas propriedades e bens e deram para aqueles que estavam em necessidade. Sinais e prodígios foram realizados pelos apóstolos e em resposta à oração (Atos 2.42-47).

            Mesmo que a frequência aos cultos da igreja tenha sido onerosa para nós durante a nossa juventude, foi necessária para o desenvolvimento de nossa vida como cristãos. Pessoas de lares desfeitos e que passaram desventuras na vida precisam de amor. Têm um profundo desejo de serem amadas e aceitas, não julgadas e rejeitadas. Isso é encontrado em uma igreja onde o grande grupo se reúne para receber instrução,

como os apóstolos instruíam o povo diariamente nas cortes do templo. Também foi encontrado quando eles se encontravam em lares, em pequenos grupos, para discipulado e orientação personalizados, para confissão de pecados, dúvidas e medos, e onde todos intercediam uns pelos outros em oração. A parentela que muitos perderam foi substituída por uma nova família, a família dos cristãos.

            Quando Jesus ministrou, ele trouxe as boas novas de perdão, salvação e uma nova vida. É no contexto da igreja que os seguidores de Jesus começaram a viver como se estivessem no céu. O reino deste mundo e a fraqueza da carne são realidades sempre presentes, mas é o reino dos céus que forma nossa nova identidade. Cada vez mais aprendemos o que significa amar a Deus e dar-lhe a prioridade em tudo e aprendemos a amar nosso próximo. Este é o começo do céu sendo vivido aqui na terra. Isso nos coloca em conflito com a ordem atual do mundo e podemos sofrer por isso. O sofrimento vale a pena. Nem mesmo a morte pode nos separar do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. Haverá um dia em que o Senhor Jesus voltará e todo inimigo será julgado e expulso e tomaremos parte de uma nova criação. Este é o cumprimento das Boas Novas.